Eu tinha pouca expectativa com a cidade, mas logo de cara quase “tropecei” em algo peculiar e bastante engenhoso: os canais de irrigação que circulam por toda a cidade. São canais abertos, como “valas” simpáticas de água limpa vinda das geleiras, dos 2 lados de cada rua. Isso garante água para toda a cidade ser um oásis verde no meio do deserto árido desta região. O resultado fabuloso é que toda a cidade é bastante arborizada, com árvores altas que garantem sombra fresca nas calçadas. As ruas são largas e os prédios baixos, fazendo o centro desta cidade de quase 1 milhão de habitantes parecer um bairro pacato.
Há também um parque público enorme, praticamente do tamanho do centro inteiro de Mendoza, com pistas de caminhada, lago, restaurante, clube, etc. Este parque fica particularmente lotado depois das 21 horas quando o pessoal saido trabalho e a temperatura já está mais amena.
Este clima seco, quente e com baixíssima poluição faz do sol um agente mais traiçoeiro que as cidades do Brasil. Por ser uma cidade base para mochileiros que gostam de fazer trilha, o que mais vi foi gringo desavisado VERMELHO do sol. Mas veja bem, estou falando de vermelho rubro. O rosto parecia o diabo. Coisa de assustar!
A cidade ainda vive depois das 21 horas. Pela Plaza Independência (praça principal) e calçadão vários artesões expõe seus trabalhos até a meia noite. Os bares e restaurantes colocam parte de suas mesas nas calçadas embaixo das árvores que a esta hora proporcionam um ar fresco a ser aproveitado.
Além de tudo isso, Mendoza é o centro do vinho. São dezenas do “Bodegas”, ou seja, vinícolas na região. No menu de vinhos, ao invés dos vinhos serem separados pelo tipo de uva, são separados pelo nome da vinícola. Também existem algumas fábricas de azeite de oliva e aprendi um pouco do processo de elaboração.