Partida: 30/12/2009
A primeira impressão foi péssima: um amontoado de casas em cima da rua, sem calçadas, com vias de mão única. Bagunça geral.
Eu não queria nem ficar. Queria seguir direto para Paraíba. Almoçamos e decidimos ao menos “sondar” as pousadas e seus custos.
Tivemos a grande felicidade de encontrar uma pousada das mais agradáveis: lindo jardim, piscina, quarto enorme, banheiro novo, varanda com rede e uma linda vista para o mar. O café da manhã servido na varanda de forma individual (com tapioca, panqueca, omelete, etc). Preço: R$ 150 o casal. Depois de algumas hospedagens de terceira categoria como em Canto do Buriti (vencedor do pior hotel da viagem: o chuveiro era um cano na parede e a “cama” não tinha lençol! Mas acreditem, era o melhor da cidade que resolvemos pernoitar.) achamos que merecíamos este agrado.
Praia de Canoa Quebrada circundada pelas falésias.
A segunda impressão da cidade foi melhor. Desta vez a pé, passeamos pela praia e pelo calçadão de restaurantes e de agitos (rua Broadway), onde entendi melhor a cidade e até gostei. Particularmente a noite, quando a temperatura está amena e os bares iluminados, o calçadão fica muito bonito e estiloso com os artesanatos hippies locais. O local também é muito frequentado por gringos de diversas nacionalidades, rapidamente identificados pela coloração “tomate torrado da praia”.
Ponto alto do local: passeio de bugue a R$ 200 o veículo - leva a turistada até a praia de Ponta Grossa, parando em diversas locais para fotos e banhos. As falésias são uma constante nestas praias. Em uma pousada de beira de praia tinham esculturas feitas nas falésias para visitação, fixadas com cimento. O guia local informou que hoje em dia é proibido fazer estas esculturas. Uma turista ficou indignada, dizendo que era um absurdo, afinal não estava estragando nada. Eu quase surtei com o comentário dela e tive que me manifestar: como não estragava se para fazer as esculturas era necessário retirar partes da falesio para fazer o alto-relevo, bem como adicionar CIMENTO!? Cada uma...
Escultura NATURAL da natureza nas falésias.
De bugue é possível ir até Natal pelas praias. Deve ser uma baita viagem!
Jangadas típicas da região.
Achei curioso: água doce brotando na praia, algumas vezes até formando piscinas naturais ao lado do mar. Em uma delas paramos para tomar banho. A água brotava de uma profundidade que não tinha como tocar o chão com os pés. A areia ficava borbulhando junto. Parecido com a piscina natural que visitei no Jalapão (TO): não tem como afundar, pois a água de empurra para cima.
Garganta do Diabo: nascente de água doce esculpiu um "cânion" no meio das falésias.