Nosso grupo foi composto por 7 turistas: uma suíça, uma holandesa, uma alemã (posteriormente conhecida por Barbie - razão que explicarei mais tarde), uma norueguesa, todas na faixa de 26 a 35 anos, um canadense na faixa dos 65 anos, Rafael e eu (na faixa dos 22 anos ;-)). Tanto as nacionalidades se distinguiam, quanto as profissões. Logo de cara nos demos muito bem com Coleman, o canadense.
Nossa equipe de apoio (staff) constituiu-se do motorista, Stephen, e o cozinheiro, Gabriel (ou Momo).
CANA DE ACUCAR
Pegamos a estrada na direção norte e logo pudemos observar a pobreza das periferias de Nairobi. Camel^os vendendo roupa usada, sapatos e acessórios, "bancas" feitas de lata vendendo refrigerantes. Nos trechos que o transito fluía com mais lentidão havia muitos carrinhos de mão repletos de cana de açúcar com rapazes simples descascando as varetas e vendendo em sacos plásticos os pequenos cubos de cana que picavam com seus facões. A habilidade deles era tanta que apenas os facões tocavam a parte interna da cana. Picavam com tanta habilidade no ar, que os cubos voavam diretamente para as embalagens plásticas.
Eu queria uma porção daquelas para ir me deliciando no caminho e perguntei ao motorista quanto custava cada saquinho. Ele imediatamente acenou a um rapaz, que passou a correr ao lado do carro com seus saquinhos de cana enquanto eu procurava umas moedas para fazer a compra de 2 porções. Custo: 10 shilings quenianos (15 centavos de dólares) cada.
Ofereci a todos, para espanto dos gringos que nunca tinham experimentado nada igual e acharam muito difícil de mastigar. A compra virou assunto com nosso staff, que ficaram surpresos da minha familiaridade com a cana de açúcar. Então expliquei a eles que isso existia no Brasil, e que inclusive fazíamos caldo da cana.
Descobri ao longo da viagem pela África que aparelhos de caldo de cana poderiam ser um bom negocio, pois a tecnologia ainda não chegou por aqui...
Camel^os nas periferias de Nairobi |
Homem transportando agua na bicicleta. Imagem recorrente ao longo da viagem. |
PELA ESTRADA AFORA...
Prosseguindo pela estrada, a paisagem gradativamente começou a mudar. Passamos então a percorrer regiões mais pobres, mas também mais belas, com o monte Kenya ao fundo do cenário.
Monte Kenya ao fundo |
Crianças a caminho da escola acenando para nosso carro. |
PRIMEIRO ACAMPAMENTO
Nosso primeiro acampamento foi na reserva de Samburo. Logo na chegada deste parque avistamos um leopardo deitado em uma árvore distante. Como estava perto de anoitecer, nos dirigimos ao camping permanente da Gametrackers. Neste camping havia chuveiro (agua fria) e banheiro daqueles de buraco, mas com um vaso para dar um aspecto de civilização. As barracas ficam permanentemente armadas, com um telhado de palha por cima para proteger do calor e internamente com 2 camas feitas de estreitas tábuas e um fino colchão. Instalações bem feitas para um camping. Na parte central, havia uma choupana maior onde eram preparadas e servidas as refeições. Como nosso acampamento era no meio da reserva, a advertência quanto a idas ao banheiro (que era afastado) era clara: era preciso "escolta" de uma das pessoas do staff do camping. Elefantes rondavam as imediações! Para garantir uma noite tranquila, resolvi beber pouco liquido antes de dormir...
Nosso acampamento na reserva Samburo. |
Nossa barraca! Lar doce lar. |
Nosso lar: 2 camas, uma mesinha e muita agua estocada. |
Cozinha e refeitório. |
PS: Devido ao teclado local (africano), possivelmente existirão problemas de acentuação nos textos. As palavras aqui acentuadas foram feitas com recursos de auto-correção do blog.
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