23 de março de 2011

Safari ao Lago Turkana (norte do Quênia) - dia 4 de 8 (14/02/2011)

Na manhã seguinte após comprarmos mais alguns galões de água prosseguimos para a parte mais desértica do trajeto: Chalbi Desert. Este deserto possui uma areia tão fina que quando chove é impossível transpor a área de carro devido ao mar de lama que fica.
A paisagem era linda e ao mesmo tempo triste.





Mar de areia...
 Quando fazíamos paradas para "esticar as pernas" ou tirar fotos, rapidamente a temperatura se fazia perceptível na faixa de 40 graus. Dentro do carro, apesar de não termos ar condicionado, ao menos tínhamos o vento para refrescar.
Ao chegarmos ao lugar de nosso novo acampamento, retiramos todos os colchonetes e barracas para secar da chuva do dia anterior. Em pouco tempo tudo estava perfeitamente seco.
Todos começamos a suar e a sede não passava, pois nossa água também estava a 40 graus. Era horrível tomar aquela "água de fazer chá". A água que tínhamos nos chuveiros era bombeada por um moinho de vento e estava quente também. Eu resolvi deixar para tomar o meu banho no final do dia, na esperança de que estaria mais fresco.

A comunidade que existia na região era muito pobre e vivia em casas feitas de galhos, barro, palha, latas e plástico. Algumas poucas eram de alvenaria. Uma igreja e uma mesquita disputavam os fiéis: às 5 da manhã ocorria a chamada para reza dos muçulmanos no alto falante e 30 minutos depois era a vez da convocação católica através dos sinos da igreja.


Casas...
 
Vila Gabra


Acampamos em baixo das árvores da esquerda. Moinho de vento ao fundo. Instalações cedidas pela igreja.

 O BANHO...

Quando finalmente o sol se pôs, o calor ainda era grande. Preparei minhas coisas para tomar um bom banho (todos já tinham feito o mesmo) e me dirigi às "casinhas" de banho.
Aprendi então que na África, se você deseja algo, deve fazê-lo no momento presente em que este está disponível. A água tinha acabado. Duas gotas pingaram do chuveiro para debochar de mim. Irritada com o calor, o suor e a poeira que tomava conta de mim, voltei para o acampamento almadiçoando-me por não ter tomado meu banho quando todos o faziam. E para minha enorme falta de sorte, não havia um fiapo de vento para o tal moinho bombear água.
Resignada, aceitei um balde de água que o cozinheiro tinha separado para lavar os pratos mais tarde e fui tomar meu "banho de caneco" que até que ajudou para melhorar meu humor.

Na barraca, TENTEI dormir, mas o calor era tanto que parecia que eu sufocava com o ar quente.
Sonhei com refrigerantes gelados e sorvetes.

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