14 de agosto de 2011

Datong - ali logo ao lado de Pequim

Pertíssimo de Pequim, Datong possui 2 atrações imperdíveis: o Hanging Monastery (monastério suspenso) e a Yungang Caves (cavernas Yungang).

O primeiro é de dar vertigem para quem tem medo de altura (meu caso). Loucos e corajosos monges budistas de 491 DC penduraram-se em rochas verticais para construir um grande monastério em uma região bastante remota (agora nem tanto remota com a enorme barragem que construíram ao lado). Concordo que o local é magnífico e provavelmente inspirador, mas eu não conseguiria rezar em paz depois de observar os "gravetinhos" que seguram a construção.
Para visitar este lugar de Datong, são cerca de 1:30 horas de táxi (ida). A visitação completa pode ser feita em 2 horas com bastante tranquilidade.

Ó eu aí fazendo cara de feliz, mas completamente apavorada com os gravetos segurando a passarela  na rocha.
Mas para que me preocupar se é "made in China"?!

Tinha corrimão de "proteção" na altura dos joelhos!
Nada de tropeções por aqui!

Vista total da montanha e do monastério.

Dando uma espiadinha lá para baixo.

Tá aí um aviso importante!

Uma moderna represa foi construída logo ao lado do monastério.

As cavernas de Yungang são outra grande obra do Budismo datado do ano de 460 DC. Todo o local virou um grande parque, já que o governo construiu bonitas calçadas, jardins, lago, banheiros e casas de apoio para vender lanches.
Ao todo são 45 cavernas que podem ser visitadas (de um total de 252). Há cavernas com Budas esculpidos em diversas posições e um dos maiores chega a medir 17 metros. Alguns estão muito bem preservados (ou restaurados), com as cores ainda evidentes.


Passarela de entrada.

Complexo construído recentemente para atender turistas.

Calçadas largas e bancos para muitos turistas.

Este foi um dos Budas que mais me impressionou.
A entrada era estreita e escura, e eu não esperava encontrar uma
 estátua tão grande e iluminada por um buraco no topo da caverna.


Construções grandiosas e lindas!

Muitas "ilhas" de incensos na frente dos Budas.



11 de agosto de 2011

Para inspirar e continuar em movimento, aprendendo e degustando.



Quando viajamos ou fazemos algo diferente da rotina não nos damos conta de tantas paisagens, aprendizados, comidas, culturas, pessoas diferentes que passamos a conhecer, registrando tudo isso parte no consciente e muito no subconsciente. Só temos a certeza que voltamos diferentes, com uma bagagem maior, e que o tempo se estendeu. Pode-se viver várias "vidas" em um curto período de tempo, coisa que foi muito bem retratada nestes 3 vídeos abaixo:


3 caras, 44 dias, 11 países, 18 voos, 38 mil milhas, um vulcão em erupção, 2 câmeras e quase um terabyte de filmagens... tudo isso resultou na incrível série de 3 vídeos Move, Eat, Learn.


Eles conseguiram transformar uma viagem de 6 semanas em arte. Sensacional!
Não esqueça de assistir em tela cheia!








Rick Mereki : Director, producer, additional camera and editing 
Tim White : DOP, producer, primary editing, sound
Andrew Lees : Actor, mover, groover

9 de agosto de 2011

Viagem de trem de Pequim para Datong

A estação de trem impressiona: um belo prédio moderno e no seu topo construções de pagodas. No entanto, falta estrutura para uma locomoção mais fácil com malas de rodinhas, pois em muitos pontos há apenas escadas. Era um sábado quando fomos viajar pela primeira vez de trem na China e não sei se o movimento era, portanto, atípico, mas a estação estava realmente superlotada. Há dados estatísticos que afirmam que a todo momento há cerca de 10 milhões de chineses viajando de trem no país.

Uma das estações de trem de Pequim. Arquitetura moderna e antiga se misturam.


Pagamos por assentos na classe ¨hard seat¨ (aparentemente a mais popular), que nos explicaram era como um ¨sofá¨, porém não reclinável. Pareceu-nos adequado para uma viagem de 6 horas durante a tarde. Bom, para falar a verdade, o hard seat é mesmo bem durinho, com um fino acolchoado por cima só para dar uma melhor impressão. Ao chegarmos tivemos que expulsar uns chineses que estavam sentados em nossos assentos. Descobriríamos a seguir que metade das pessoas no vagão não possuía assentos, pois tinham adquirido o ¨standing ticket¨, ou seja, pagaram para viajar de pé. Resultado: tinham pessoas sentadas até nas pias dos vagões. Toda esta confusão e multidões amontoadas nos lembrou muito a Índia, exceto pelo fato que os vagões dispunham de ar condicionado e estavam até bem limpinhos mesmo na hard seat class. UFA!

Hard Seat Class

Fila para o banheiro? Que nada! É o pessoal do Standing  Ticket.


Dentre os passageiros destacavam-se os veteranos do ¨standing seat¨ que traziam até o seu banquinho desmontável para sentar nos corredores e sua garrafa térmica com chá verde. Os mais amadores, perambulavam de vagão em vagão com suas pesadas malas, na esperança de encontrar um lugar mais espaçoso.

Em nossa frente havia uma jovem chinesa com seu filhinho que insistia em nos oferecer batatas fritas lambuzada com molho do Mc Donalds. No meio de tanta gentileza ele manifestou vontade de ir ao banheiro, mas a multidão no vagão era tanta que a mãe do menino desistiu de levá-lo ao banheiro e fez ele fazer o seu xixi numa garrafa pet quase em cima dos pés do Rafael (lembrei-me do episódio na India em ...). Terminados os ¨trabalhos¨, voltou rapidamente a se entreter com suas batatinhas.

Classes nos trens da China, por ordem de conforto:

  1. Standing Ticket – para sofrer de pé ou sentado no chão.
  2. Hard Seat – adequado para uma viagem de curta duração e para ver ¨a vida como ela é¨ na China.
  3. Soft Seat – nem todos os trens dispõem desta classe. Possuem poltronas mais macias e reclináveis.
  4. Hard Sleeper - Triliches em um vagão comum. Acompanha travesseiro, lençol, cobertor e toalha. Nada mal se você não ligar para a falta de privacidade e não tiver o azar de ter gente roncando ao redor.
  5. Soft Sleeper - Cabine com 2 beliches, tomada e mesinha. Acompanha travesseiro, lençol, cobertor e toalha.



3 de agosto de 2011

We are pop Star 3 - China


Tem sido uma constante em minhas viagens pela Ásia o assédio de pessoas querendo tirar fotos comigo: um ser exótico numa terra de poucas etnias. Aqui na China as pessoas são bastante tímidas, mas as mulheres sentem-se mais a vontade para me abordar com suas câmeras e celulares mesmo sem falar uma palavra de inglês. E ficam muito felizes quando eu entro na delas e topo tirar as fotos que querem. Faço até pose com elas e a preferida é o ¨V¨ de vitória, ou como diria minha amiga Juliana W.: o ¨V¨ da Gisele Bündchen. Por que não faria isso e daria uma de arrogante afinal? Não temos a mesma curiosidade e fascínio por aqueles grupos étnicos que pouco temos contato? Claro que na Índia e na África, quando eu tirava fotos dos locais, muitos me pediam um trocado. Eu faço a gentileza para os curiosos da minha ¨etnia¨ de graça. ;-)

Com esta combinação de meias-calça acho que eu é que devia ter pedido para bater foto com ela...


Marca registrada nas fotografias
chinesas: mãos com o sinal de "V".
Intimidade: abraços de desconhecidas.






Grupinho de pré-adolescentes fascinadas!

Super amigas!

A "cereja no bolo" é no final da sessão de fotos o agradecimento: "Sink you" (afundar você), querendo dizer na verdade "Thank you" (obrigada). Assim espero...


Minhas outras experiências de pop star:



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