Você sabe que está no Paquistão quando:

1. O esporte nacional é o criquet.
2. Ninguém tem a menor ideia de onde fica o Brasil. "África?" E quando você explica que fica na América do Sul: "America? American?" Perigoso... Americanos não são bem vindos.
3. Há uma diversidade incontável de doces e bebidas feitas com manga.
4. As placas de identificação dos automóveis não tem padrão e cada um faz a sua.
5. As mulheres vestem-se como as indianas e os homens vestem "pijamas" (shalwar kameez).
6. É status social ter uma caneta pendurada no bolso da camisa (demonstra que esta pessoa estudou).
7. As filas de bancos nas aeronaves começam em qualquer número e pulam várias sequencias numéricas.
8. As mulheres sentam-se de lado em motos e bicicletas.
9. É moda pintar o cabelo (e a barba) de laranja.
10. Os caminhões são tão decorados que parecem caravanas circenses.

O festival de manga você encontra no Paquistão!

Não há um padrão para as placas dos carros no Paquistão.

Originalidade na confecção das placas dos carros não falta.

As mulheres paquistanesas são muçulmanas, mas vestem-se com cores e não usam véu.

Não fica um charme uma barbinha laranja?

Caminhões de carga são famosos no Paquistão: não existe um que não tenha uma boa decoração!

Encontramos este rapaz em uma trilha. Cuidava de sua cabrita, falava inglês e portava seu  "certificado de letrado": uma caneta tipo BIC no bolso da camisa (conjunto shalwar kameez).

Crianças bebem "cerveja" no Irã

Fiquei bastante chocada na primeira vez que vi uma criança bebendo no gargalo de uma garrafa de cerveja. Esta não é uma visão incomum no Irã, visto que cerveja por aqui está no grupo dos refrigerantes: tudo sem álcool  Não é possível encontrar bebidas alcoólicas no território Persa. Pelo menos não oficialmente...

As cervejarias são muitas no Irã, mas todas afirmam ser 0,0% de álcool. Mais estranho ainda é que todas as marcas dispõem de cervejas com sabores especiais: cereja, romã, maçã, limão e claro, a de sabor tradicional, menos popular entre as crianças. Eu não sei o que será deste país no dia em que liberalizarem o álcool. Como farão para explicar para as crianças que cerveja não é mais bebida permitida?

Mais raro de encontrar, mas imperdível a experiência gastronômica, são as islamic champagne. Não pude deixar de pedir e não me surpreendi com o conteúdo: puro suco de uva com água e gás.

Assim é a aparente vida "alcool free" na República Islâmica do Irã. ;-)

Cervejas de café, morango e limão.

Cervejas com sabores de maçã, salada de frutas, romã de diversas marcas. Todas 0,0% de álcool.

"Champagne" iraniana: suco de uva com gás.

Clima hostil no sul do Líbano

O sul do Líbano é território visivelmente controlado pelo Hezbollah.
Viajando de carro é possível notar a transição do ambiente, de um território mais capitalista americano (Beirute), para algo mais parecendo sem governo e investimentos. O clima é tenso e as pessoas são mais sisudas.

Em diversos momentos senti-me quase "em casa", no Irã que vivo hoje. Há mais bandeiras iranianas hasteadas do que as Libanesas. E também "velhos amigos" estão em cartazes por todos os lados: Aiatolá Khomeini e Aiatolá Khamenei. Mas a hospitalidade local não é a mesma da iraniana...

Queríamos bater fotos, registrar tanto os monumentos históricos como a vida cotidiana. Queríamos fotos das bandeiras iranianas e das fotos de seus líderes em território libanês, mas sempre que parávamos o carro éramos abordados.

Em uma das ocasiões fiquei com medo. Acho que todos nós ficamos. Era um lugar comum, perto de um centro comercial e uma rotatória. Havia fotos dos líderes iranianos bem no centro da rotatória e ao fundo um Mc Donalds. Contraste bacana, mas o lugar não era para turismo. Rafael desceu para bater fotos e Thomaz decidiu que tiraria as suas de dentro do carro, com sua objetiva de fazer inveja a muitos jornalistas fotográficos. Em poucos minutos começamos a ser rodeados de pessoas. Um jovem muito sério se aproximou do carro, bateu foto da placa e enviou por SMS para "alguém". Rafael então voltou rapidamente, mas não a tempo de irmos embora sem que um outro rapaz viesse e começasse um interrogatório. Pedia nosso passaporte/ documentos e não deixava o Rafael fechar a porta do carro. Tensão. Tentamos explicar em inglês que os passaportes estavam no hotel e que nada tínhamos para entregar a ele. Não eram pessoas do governo ou policiais. Eram da milícia certamente. Após muito bate-boca sem bons entendimentos (eles não falavam inglês), conseguimos dizer a eles que íamos ao hotel. Acho que ficaram satisfeitos pois lá poderiam nos abordar novamente e com mais eficácia. Só não sabiam eles que já tínhamos feito check-out e só passamos para pegar as malas.

Saímos de lá rapidinho...

Pobre eletricista...

Líderes iranianos homenageados em território libanês.

A tal foto que quase nos custou um resgate...

As belas ruínas romanas do Líbano

Se você procura colunas romanas, não vá a Roma, vá ao Líbano!
Grandes, bem preservadas e magníficas em beleza, o Líbano oferece um prato cheio em ruínas e história.
Dentre as principais cidades para ver as impressionantes ruínas pode-se destacar: Balbek, Tyre e Byblos. Para cada cidade um dia de turismo. Há muitas outras pelo país, mas se você não tiver muito tempo, estas serão suficientes e em todas você encontrará superlativos:

Em Tyre: o maior hipódromo do mundo.
Em Balbek: as maiores colunas romanas do mundo.
Em Byblos: ruínas a beira mar e uma bela baía para degustar frutos do mar em um dos muitos restaurantes. Nos anos 60, este era o local para onde celebridades internacionais como Sophia Loren e Marlon Brandon iam se reunir para curtir a vida.

As maiores colunas romanas intactas estão no Líbano na cidade de Balbek!

Ruínas de Balbek. É recomendável contratar um guia neste local!

Nas ruínas de Balbek.

Detalhe da saída de água das canaletas (Balbek).

Em Byblos, além de ruínas há uma orla linda para relaxar.

Em Tyre a grande atração é o maior hipódromo do mundo.

Em Tyre (Sour), sul do Líbano.