27 de abril de 2013

No país dos guardiões do fogo e na capital do vento



O Azerbaijão tem seu nome originário de nomes persas, cujo significado literal seria "guardiões do fogo". Remonta da época em que este território pertencia a Pérsia e quando a religião predominante era o Zoroastrismo que tem no fogo o seu símbolo máximo.
Sua capital, Baku, por sua vez significa "terra dos ventos" e pude comprovar que por lá este manifesto da natureza não lhes falta. Por ser um vento demasiado cortante de frio, a melhor época do ano para se visitar o país é entre maio e setembro. Nestes meses é possível aproveitar as praias, resorts e parques aquáticos do Azerbaijão.
Quatro dias são suficientes para visitar as principais atrações da capital e de seus arredores.
Um dos "day trips" oferecidos na capital incluem visita aos vulcões de lama (o maior complexo do gênero do mundo) e aos petroglifos (inscrições rupestres) tombados pela UNESCO que se localizam na cidade de Gobustão, há uma hora de distância de Baku. O tour guiado no local (ao preço de 5 euros) vale muito a pena para poder identificar os desenhos com maior facilidade, bem como para entender seus significados. O museu na entrada do parque, inaugurado agora em 2013, é bem feito e tecnológico. Não tivesse eu conhecido antes o Parque Nacional da Serra da Capivara no Brasil*, até teria me impressionado mais com o local.
No caminho entre Baku e Gobustão, é possível ainda passar pelo"James Bond Oil Field", a primeira área de extração de petróleo descoberta na região. Neste local, foi filmado cenas para o filme "The World is not enough" (O mundo não é o bastante) lançado em 1999.
Outras atrações nos arredores da capital incluem o templo Zoroastra e a montanha de fogo. Este, um local que expele gás natural e que mantêm um fogo "eternamente" aceso (ou pelo menos enquanto houver gás no subsolo). Excelente local para fazer um churrasco de chão. ;-)
Baku por si só não tem muitas atrações, além da cidade antiga que pode ser visitada em uma tarde. Ademais, há uma variedade incrível de restaurantes internacionais e lojas de grifes das mais caras. Os shoppings são bons, mas o povo fala pouco inglês. As salas de cinema também só passam filmes de hollywood dublados em russo!
Mas se você não está em busca de atrações super especiais, a cidade por si só é linda e muito agradável. A beira mar é ampla, limpa e florida e um ótimo passeio quando o vento e a temperatura ajudam. Por outro lado, Baku ostenta luxo e riqueza que você não vê em outras partes do país. Tendo oportunidade, uma day trip bacana é ir para a região de Quba e dos vilarejos ao seu redor. Lá você encontrará vilas que pararam no tempo (exceto pelas antenas parabólicas) em meio as maiores montanhas do Azerbeijão que chegam a 4 mil metros de altura. Para se orientar, procure a estrada que leva para as vilas: Qudiyalçay, Eliqçai, Xinaliq.

Vista da cidade de Baku.

Na beira mar de Baku. A esquerda, a torre de TV e a direita os novos prédios que representam as chamas do fogo.

Mesquita no alto do mirante da cidade.

A cidade antiga é toda circundada por uma muralha.

Vulcões de lama: entram em erupção em diferentes períodos do ano.


Petroglifos do Gobustão. No alto a representação de barcos similares a dos vikings, ajudando na teoria de que um dia o mar Cáspio era interligado com os mares do norte. Vários desenhos são idênticos aos encontrados nos países nórdicos.

James Bond Fields.

Templo Zoroastra.

Montanha com fogo "eterno".

Nas montanhas no entorno de Quba.

Locais da vila de Xinaliq. Aqui o chapéu russo não é coisa de turista.

* Sobre o parque da serra da capivara, seguem minhas postagens sobre o assunto:

Serra da Capivara
Vídeos da Serra da Capivara



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