A romã é originária da região da antiga Pérsia e ainda hoje o Irã é o maior produtor/ exportador da fruta.
Quem vem ao Irã no outono e início de inverso, terá a chance de provar enormes e suculentas romãs. Aos que não tem a sorte de estar no país neste período, perceberá no entanto, a presença da fruta no artesanato e na cultura dos iranianos. É quase uma obsessão nacional, com romãs presentes na vida diária do Iraniano, seja na culinária, nos poemas, nas tradições ou no artesanato.
Culinária
- Fasenjun - molho de romã com nozes usado para cozinha frango, pato ou polinho de carne. É um famoso prato no Irã. http://en.wikipedia.org/wiki/Fesenj%C4%81n
- Zeyton Parvardeh (azeitona enriquecida) - aperitivo de azeitonas com nozes amassadas e suco de romã.
- Sopa de Romã - nutritiva e raramente encontrada nos restaurantes, mas muito conhecida na casa das vovós iranianas. http://en.wikipedia.org/wiki/Pomegranate_soup
- Salada verde com romã - simples e nutritivo, a receita é exatamente essa: folhas e fruta!
- Sucos - puro, com laranja, com açafrão e água de rosas, etc.
Tradições
Nos casamentos, um cesto de romãs é colocado junto às roupas dos noivos para trazer felicidade ao casamento. Também é comum que o noivo arremesse romãs aos convidados, demonstrando a divisão de sua felicidade e prosperidade.
As romãs também são simbolo da fertilidade pelas centenas de sementes que cada fruto carrega.
Em templos Zoroastras, árvores de romãs eram plantadas nos jardins como símbolo da vida eterna, visto que suas folhas permanecem verdes a maior parte do ano.
No Alcorão, Maomé aconselha: "Eat the pomegranate, for it purges the system of envy and hatred.” - "Coma a romã, pois limpa o sistema de inveja e ódio."
Artesanato
A casca da romã é usada para o tingimento das lãs e sedas usadas nos tapetes persas.
Pinturas e esculturas de romãs também são muito populares.
Pratos e tigelas no formato de romãs são vendidos no comércio do Irã. |
Romãs de vidro para enfeite. |
Romãs de cerâmica do artista Keyvan Fehri - http://www.keyvanfehri.com/ |
Romãs com caligrafia árabe (esquerda) e persa (direita) de Keyvan Fehri. |
Poesia
Vários poetas persas citam a fruta em seus poemas, especialmente quando falam de amor e felicidade.
Poema de Hafez (1325 ~ 1390):
Those of lily perfume cause grief's dust to sit when they sit:
Patience from the heart, those of Angel-face take when they strive.
To the saddle-strap of tyranny, hearts they bind when they bind:
From the ambergris beperfumed tress, souls they scatter, when they scatter.
In a life-time, with us a moment, they rise, when they sit,
In the heart, the plant of desire they plant, when they rise up.
The tear of the corner-takers they find, when they find:
From the love of morning-risers, the face they turn not, if they know.
From my eyes, the pomegranate-like ruby they rain, when they laugh:
From my face the hidden mystery, they read, when they look.
The one who thought that the remedy for lover is simple:
Out of sight of those sages who consider treatment, be.
Those who like Mansur are on the gibbet, take up that desire of remedy:
To this court, they call Hafez when they cause him to die.
In that presence, the desirous ones bring grace, when they bring supplication:
For, if in thought of remedy they are, destressed with this pain, they are.
Poema de SAADI (1184 ~ 1291):
Its red roses were like the cheeks of belles, Its hyacinths like the ringlets of mistresses Protected from the inclemency of mid-winter Like sucklings who have not yet tasted the nurse’s milk. And branches with pomegranates upon them: Fire suspended from the green-trees.
Affairs succeed by patience and a hasty man fails. I saw with my eyes in the desert
That a slow man overtook a fast one.
A galloping horse, fleet like the wind, fell back
Whilst the camel-man continued slowly his progress.