11 de dezembro de 2014

Podcast sobre o Irã



Aqui vai um link para quem quiser ouvir a entrevista que dei para o site "O nome disso é mundo".
O podcast tem duração de 52 minutos e as perguntas foram feitas baseadas neste blog.

Espero que gostem. Para acessar o áudio, entrem no site:

http://www.onomedissoemundo.com/2014/12/048-ira-ecologico/


18 de novembro de 2014

Comediantes ajudam a propagar preconceito...


Depois de receber dúzias de piadas engraçadinhas mas totalmente equivocadas, vou manifestar minha frustração com os comediantes pouco informados em política externa.
Abaixo mostro alguns exemplos divertidos, mas ERRADOS com relação ao Irã.


Esta foto-piada circulou na mídia na época da copa. A galera aí pode ser de diversos países do Oriente Médio, mas dificilmente do Irã. Estes lenços quadriculados vermelhos são mais comuns na Arábia Saudita e o lenço quadriculado preto é comum na Palestina/ Líbano (tudo de países árabes). Outra questão é que nunca vi ninguém armado no Irã. Porte de arma é proibido. 

Bom, esta piada mesmo tá completamente "fora do mapa". A burca é vestimenta usada no Afeganistão!
Helloooooo: ninguém usa burca no Irã!
Além disso, as mulheres podem dirigir no Irã! A proibição é coisa da Arábia Saudita!


Os comediantes do Porta dos Fundos são muitos bons, mas eles insistem em usar todos os esteriótipos do Oriente Médio com o rótulo de Irã. A vestimenta estilo nikab (a que só aparecem os olhos) e o tipo burca (que não aparece nadinha do rosto), não são usados no Irã!! Mesmo as iranianas mais religiosas e que usam o chador, sempre tem suas faces a mostra.


Este vídeo abaixo é um pouco mais longo. O Irã é citado a partir do minuto 6:40.


Novamente, os caras aqui caracterizaram o "iraniano" como árabe. Ninguém se veste assim no Irã. E ninguém fala as palavras habib, sheik, etc que são da língua árabe. ;-)


10 de setembro de 2014

Livros e filmes sobre a Coréia do Norte


Livros:


Nada a invejar (Nothing to Envy)
Barbara Demick

A jornalista Demick descreve neste livro várias histórias de norte coreanos que desertaram e hoje vivem na Coréia do Sul.






Fuga do Campo 14 (Escape from camp 14)
Blaine Harden

Este livro relata a história de apenas um norte coreano, mas com uma carga psicológica extremamente forte. O protagonista, um rapaz nascido num campo de trabalhos forçados, descreve sua vida quase como a do livro 1984, de George Orwel. É inacreditável imaginar que ainda existam locais, como estes campos de concentração descritos no livro, em pleno século 21.



Pyongyang, A Jorney in North Korea
Guy Delisle

Mais um dos quadrinhos de Guy Delisle descrevendo o que ele vivenciou no país. Neste em particular, ele passa 3 meses trabalhando na capital Pyongyang e descreve o que observou dos monumentos, museus e das pessoas do país.





Only Beautiful, please
John Everard

O diplomata britânico John Everard descreve a Coréia do Norte, onde viveu de 2006 a 2008, com muita riqueza de detalhes e comparações. Apesar de não negar os pontos negativos da ditadura, ele também aponta o lado positivo do país e das pessoas, bem como desmistifica vários mitos populares.





Vídeos:

Vídeo turístico promocional de Pyongyang:


Documentário bastante realista de como é viajar pela Coréia do Norte como turista.
Legendas em português!


Viagem de motocicleta pela Coréia do Norte:


Sobre os desertores da Coréia do Norte:

3 de setembro de 2014

Comida iraniana - coletânea de informações sobre a culinária persa



Já escrevi muito sobre a culinária persa, sobre os melhores restaurantes de Teerã e sobre a difícil tarefa que é encontrar opções de pratos vegetarianos.
É recorrente o pedido de leitores sobre o assunto e como tenho vários artigos escritos sobre o tema, apresento abaixo uma lista única para consulta.
Bom apetite!




Desfrutando de um belo shishlik (costelinhas de carneiro) na região do Damavand - norte de Teerã.
Foto: Caio Vilela.


No Brasil, conheço apenas um catering para indicar e que fica em São Paulo (antes os donos tinham um restaurante em Belo Horizonte):

Amigo do Rei: http://www.amigodorei.com.br/


E para quem está na área de Washington DC (EUA), recomendo os seguintes restaurantes:

Moby Dick (fast food iraniano, com várias franquias em Washington, Maryland e Virginia): http://www.mobysonline.com/
Yekta Restaurant (em Rockville/ MD): http://yekta.com/
Shamshiry Restaurant (em Vienna/ VA): http://www.shamshiry.com/

Também é possível consultar o menu destes restaurantes no website e conhecer outros pratos iranianos.


Livro de culinária iraniana:


Food Of Life: Ancient Persian and Modern Iranian - Cooking and Ceremonies
Autora: Najmieh Batmanglij

O livro é cheio de histórias sobre a cultura persa, sua culinária e a influência nas cerimônias. É uma publicação muito rica receitas e fotos dos pratos, além de uma bela coletânea de pinturas persas com o tema alimento.
Um belo e delicioso livro!
* muitas receitas apresentam sugestões com variações vegetarianas.




ATENÇÃO AO FREQUENTE ERRO: 
comida iraniana não é comida árabe! 
Aqui você não encontra quibe! ;-) 

2 de junho de 2014

Você sabe que está no Vietnã quando:


  • o melhor local para se trocar dinheiro (câmbio) é nas joalherias.
  • o café vietnamita tradicional é com leite condensado.
  • um lanchinho básico entre refeições é pão com leite puro.
  • o prato mais famoso do país é o pho, uma sopa de noodles que pode ser saboreada no café da manhã, almoço e janta.
  • o alfabeto deles não é um monte de letras/ símbolos indecifráveis: é o alfabeto latino podendo ter mais de um acento no mesmo caracter.
  • as casas tradicionais são muito estreitas na parte da frente e são chamadas de casas "foguete". O motivo deste padrão é que o imposto de moradia é cobrado proporcional a largura da frente da residência e não ao metro quadrado ocupado.
  • você quase não vê cachorros na rua. Comer carne de cachorro trás sorte. (!)
  • os restaurantes mais populares estão espalhados pelas calçadas, e o cliente senta-se em banquinhos de 20 cm de altura.
  • apesar do calor, as pessoas andam nas ruas completamente cobertas, com casacos compridos, luvas e máscaras para se proteger do sol. A cor de pele branca é associada a beleza.
  • é comum ver vendedores de frutas carregando 2 cestos pendurados na ponta de uma vara.


Casas foguete.


Muita roupa para se proteger do sol.

Observe que aqui a jaqueta já vem com extenção para às mãos. Item muito popular a venda no Vietnã.

27 de março de 2014

Você sabe que está em Myanmar (Birmania) quando:



  • todo estabelecimento, especialmente restaurantes, emite notas fiscais detalhadas, em inglês e preenchidas a mão. Muitos carimbos também validam o documento.
  • a roupa tradicional tanto para homens como mulheres é uma saia comprida chamada longyi. A diferença aos vestir-se é apenas a forma de amarrar.
  • o calçado tradicional é um chinelo de palha com as alças de veludo preto. Há ainda uma variante com toda a sandália forrada de veludo.
  • toda comida birmanesa tem muito alho e amendoim.
  • os móveis tradicionais são feitos de madeira teka.
  • o artesanato famoso no país são os utensílios feitos de laca.
  • crianças e mulheres (eventualmente jovens rapazes) passam uma "maquiagem" no rosto que parece uma lama branca. Com o tempo, você até acha que é bonito.
  • no trânsito, carros dirigem nas faixas da direita, no entanto, os automóveis do país são no estilo "inglês", com o volante a direita. Alguns ônibus possuem um "ajudante de motorista" na janela da esquerda para ajudar nas ultrapassagens.
  • para chamar a atenção de alguém (pedir licença, por exemplo, ou chamar o garçom) é tradição fazer o som de beijos com os lábios.

Maquiagem tradicional birmanesa.

Notas fiscais detalhadas e escritas a mão, com muitos carimbos.

O longyi (uma espécie de saia) é a roupa tradicional de Myanmar,
tanto para homens quanto mulheres.



18 de março de 2014

Livros e filmes sobre Myanmar (Birmânia)


Livros:

Crônicas Birmanesas (Burma Chronicles)
Guy Delisle

Um quadrinho super legal de um expatriado que viveu no país. O cartunista apresenta fatos cotidianos com muito bom humor e perfeita descrição do país. O livro tem na versão em português, mas é de fácil compreensão no original em inglês.






Dias na Birmania (Burmese Days)
George Orwel

Primeiro livro de George Orwel, este romance foi escrito em 1934, mas baseou-se na experiência pessoal quando viveu em Myanmar entre 1922 e 1927. Além do descritivo rico da vida no país nesta época (quando era uma colônia inglesa), o autor é bastante crítico quanto ao racismo inglês aos povos colonizados. Um livro corajoso para a época em que foi escrito.




Filme:

Além da Liberdade (The Lady)

O filme estreou em 2011 e trata da história real de Aung San Suu Kyi, prêmio nobel da paz de 1991 e que ficou em prisão domiciliar por quase 20 anos. Um filme emocionante da "Mandela" do século 21.








23 de fevereiro de 2014

Blogueiros Brasileiros vão ao Irã e se encontram


Mundo de blogueiro de viagens é mundo pequeno...

Em 2011 troquei mensagens com a blogueira Fernanda Costta, que estava interessada em vir ao Irã para turismo e descobriu meu blog (eu já morava na Pérsia e escrevia sobre o país). O tempo passa e em outubro de 2013, numa curta viagem que fiz aos Emirados, reconheço a também blogueira no parque da Ferrari, em Abu Dhabi. Um pouco tímida, me aproximo para me certificar se era ela mesmo (nunca a tinha encontrado pessoalmente). Confirmada a identidade de ambas, nos abraçamos como amigas que se reencontram depois de muito tempo.

No mesmo mês de outubro de 2013, tive um ótimo jantar em Teerã com os blogueiros Gabriel, Emília e Arnaldo. Todos estavam animados com suas viagens pelo império Persa e faziam previsões do que escreveriam de suas experiências.

Também morando no Irã como eu, o jornalista Samy vem há mais de 2 anos escrevendo sobre o país. (faltou uma foto para também fazer o registro "oficial" dos vários encontros que já tivemos).

A tendência é encontrar cada vez mais brasileiros vindo e falando/ escrevendo sobre o Irã. E o tom é positivo, sempre desmistificando o que a mídia insistiu em negativar ao longo das últimas 3 décadas.

Caso queiram ver o que estes blogueiros escrevem sobre o Irã, acessem:

Viaggio Mondo - blog da Fernanda Costta
Gabriel quer viajar - blog do Gabriel Britto
A Turista Acidental - blog da Emília
Fatos e Fotos - blog do Arnaldo
Um brasileiro no Irã - blog de Samy Adghirni

Também recomendo o link da blogueira Janaina, que ainda não conheci pessoalmente: Chá de Lima da Pérsia


Eu e Fê Costta em encontro inesperado nos Emirados Árabes.

Da esquerda para a direita: Arnaldo, Emília, Márcia, eu e Gabriel.




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